A Rede de Estudos do Trabalho (RET) é uma idéia em movimento. Ela representa a proposta-imagem (ou símbolo) da reflexão crítica e interdisciplinar sobre o mundo do trabalho no Brasil e no mundo. Embora tenha um coordenador-geral, a RET não é uma organização burocrática, mas sim, um ideal articulado na forma de rede colaborativa de professores e pesquisadores (brasileiros e estrangeiros) que discutem o trabalho e elaboram a crítica do capital, construindo um espaço vital para a troca de idéias e experiencias sobre as transformações sociais do capitalismo global e seus impactos sobre o mundo do trabalho no século XXI.

 

Criada em 2006, no VI Seminario do Trabalho na UNESP (Universidade Estadual Paulista) - Campus de Marília, a RET representa idealmente o que os Seminários do Trabalho representaram na prática, durante quase vinte anos (2001-2018): um evento acadêmico-politico não-partidário capaz de reunir pesquisadores, professores, estudantes, lideranças sindicais e sociais, magistrados do trabalho e profissionais em geral, para a discussão do mundo do trabalho e da conjuntura econômica, politica e social numa perspectiva crítica e interdisciplinar.

 

A RET incorporou no design dos seminários do trabalho, realizados na UNESP - Campus de Marília, projetos de extensão universitária, tais como o Projeto Tela Crítica (o cinema como experiencia crítica) e a Mostra CineTrabalho/Labor Film Festival. Tais atividades articularam no espaço acadêmico da universidade pública, manifestações artisticas utilizadas como ferramentas de reflexão critico-científicas a partir dos quais pode-se fazer a critica do mundo social do capital e desvelar os sentidos do trabalho. Ao mesmo tempo, além de mesas de debates e mini-cursos, a RET e os seminários do trabalho incentivaram a iniciação científica com a abertura de sessões de comunicação de pesquisa para jovens mestrandos e doutorandos que investigam o mundo do trabalho.

A RET é um ideal-simbolo da praxis, uma marca que representa a reflexão critico-científica tão necessária para fazer progredir a luta ideológica na perspectiva do trabalho como valor fundante (e fundamental) do homem nas condições históricas do mundo fetichizado do capital.